A jornalista Maria Júlia Coutinho, responsável pela previsão do tempo do Jornal Nacional da emissora Rede Globo, foi alvo de comentários racistas em um post no Facebook do Jornal Nacional em julho de 2015, "Vai fazer essas previsões na senzala" este foi um dos comentários.
Milhares de pessoas manifestaram a indignação e o repúdio aos criminosos. Na internet, a expressão "Somos Todos Maju" ganhou as redes sociais de Twitter, à hashtag chegando ao topo dos tópicos mais comentados.
Não foi só os internautas que acharam estas publicações inaceitáveis,o caso também acabou provocando reação nas autoridades. No estado do Rio, o Ministério Público pediu à Promotoria de Investigação Penal que acompanhasse o caso, com rigor, na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.
A própria jornalista também comentou o caso: “Estava todo mundo preocupado”. Muita gente imaginou que eu estaria chorando pelos corredores, mas na verdade é o seguinte, gente: eu já lido com essa questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu fico muito indignada, fico triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo, acho que é isso que é o mais importante. Eu cresci numa família muito consciente, de pais militantes, que sempre me orientaram. Eu sei dos meus direitos. Acho importante, claro, essas medidas legais serem tomadas, até para evitar novos ataques a mim e a outras pessoas.
Eu acredito que isso é muito importante. E agora eu quero manifestar a felicidade que eu fiquei, porque é uma minoria que fez isso. Eu fiquei muito feliz com a manifestação de carinho, recebi milhares de e-mails, de mensagens. Estes reconhecimentos que são relevantes. E a militância que eu faço, gente, é com o meu trabalho, fazendo o meu trabalho sempre bem feito, sempre com muito carinho, com muita dedicação, com muita competência, que eu acho que é o mais importante. E, para finalizar, Bonner e Renata, é o seguinte: os preconceituosos ladram, mas a caravana passa. É isso. ”
Eu acredito que isso é muito importante. E agora eu quero manifestar a felicidade que eu fiquei, porque é uma minoria que fez isso. Eu fiquei muito feliz com a manifestação de carinho, recebi milhares de e-mails, de mensagens. Estes reconhecimentos que são relevantes. E a militância que eu faço, gente, é com o meu trabalho, fazendo o meu trabalho sempre bem feito, sempre com muito carinho, com muita dedicação, com muita competência, que eu acho que é o mais importante. E, para finalizar, Bonner e Renata, é o seguinte: os preconceituosos ladram, mas a caravana passa. É isso. ”
Felizmente este caso não passou em branco quanto tantos outros, a polícia de São Paulo informou que já identificou os criminosos, um adolescente de 15 anos, foi um deles, para chegar ao jovem, os policiais rastrearam as imagens com as mensagens ofensivas e fizeram buscas nas redes sociais para identificar as páginas dos envolvidos.
O crime de injúria está previsto no artigo 140 do Código Penal e consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém “na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. A pena pode chegar a três anos de reclusão. Se o promotor entender que houve racismo, os acusados podem responder pelos crimes previstos na Lei 7.716, de 1989.
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